quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Rainbowish Tales of the awkard and random journeys - Part 14

E depois, silencio. Nem o som dos meus próprios passos conseguia ouvir. Olhei para baixo, mas não havia baixo, não havia chão, não havia nada. Era tudo simplesmente branco. Parei, e sentei-me. Tinha que pensar num plano, numa maneira de sair de lá e voltar à minha missão!
Olhei para a minha bisnaga, e depois em meu redor. Suspirei. Pensei e pensei, e nada me surgia. Sentia-me tão cansado, tão fatigado!... E sem querer, relaxei os meus interósseos dorsais, e deixei cair a bisnaga. Chocado, fiquei a olhar para o sucedido. Os meus olhos ficaram regalados da tão estranha coisa que estava acontecer. A bisnaga estava como se a derreter para o nada. Afligi-me, e finalmente acordei para a realidade, apercebi-me que algo estava mal ali, e que se não fizesse alguma coisa rapidamente, que tudo podia acabar. Apressadamente levantei-me, mas antes que pudesse fazer o que quer que seja, uma voz acolhedora começou a ecoar. “O jantar está na mesa!” mesa mesa mesa…. Ora…desta e que não estava mesmo a espera. O jantar está na mesa?
E não pude aguentar, sentia uma enorme pressão para poder pronunciar algo, como que se um bicho qualquer estivesse dentro da minha boca, e estivesse a tentar abrir os meus lábios e movimenta-los de acordo com a correcta vibração das minhas cordas vocais. “Vou já!” já já já… exclamei eu. Que estranha coisa era esta. Comecei a correr, e a tentar procurar uma saída ou algo que não fosse branco. Corri até não poder mais, até me encontrar de joelhos, a rogar por uma maneira de encontrar algo. Fiquei louco quando senti como que uma mão a chamar por mim. Uma mão feita de odores, odores estes deliciosos. Como num desenho animado, senti-me a ser levado por este cheiro, fechando os olhos e deixando-me ser enfeitiçado por tal maravilha. Quando abri os olhos, não vi diferença entre tê-los abertos ou fechados. Surpreendido, pestanejei variadas vezes. Passando de um clarão horrendo e liberto de esperanças, para um mar de trevas que assustavam e consumia a minha mente.
Sem poder reagir, tudo aconteceu muito depressa. As luzes ligaram-se, e um publico começou a aplaudir, não o conseguia ver, mas ouvia-o e sentia-o. O meu corpo começou a mexer-se, a movimentar-se e os meus lábios a mexerem-se, era como se fosse uma marioneta! Não conseguia sequer pensar, não conseguia se quer ter uma opinião, estava só confuso, confuso e cansado. Foi tão rápido que em menos de um segundo, consegui representar as obras completas de William Shakespeare e ainda recitei uns quantos poemas de Alvaro campos e imitei uns quantos sketches do “vai masé trabalhar” (admito que nesta parte até me diverti um pouco). E foi então que …

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