O mundo encantado da channel. Era o paraíso para qualquer ser feminino. Tive que apressar-me, pois já estava atrasado para o meu encontro com o Sr. Channel (caso o leitor não saiba, o Sr. Channel é o dono deste universo). Passei por umas quantas lojas da channel, e uns quantos bares de chá channel, até que por fim, cheguei ao prédio channel nº1. Era um prédio terrivelmente assustador. Tinha a forma de uma esfera, mas com um buraco no meio. Tal e qual como um donut. Depois, um vermelho vivo dominava este edifício, com pequenas pintas pretas transparentes à volta das janelas. As janelas! Milhares e Milhões de janelas preenchiam este robusto prédio.
Enquanto esperava na sala de espera (esta onde curiosamente não haviam janelas), consegui ouvir gritos de pânico vindos de um piso inferior ao meu. Foi bastante assustador, mas não podia fazer nada. Nem sequer comentar às vendedoras de perfume channel, ou mesmo à pessoa que estava sentada ao meu lado. Pois todos nós sabemos como as coisas funcionam no mundo encantado da channel. Comecei a interrogar-me se teria valido a pena toda esta viagem. Se era isto mesmo que eu queria fazer, porque, mal entrasse na cozinha de reuniões, não iria haver maneira de voltar atrás. Mas os meus profundos e filosóficos pensamentos foram interrompidos ao ouvir chamar o meu número de sapato. Chegou o momento.
Mal enfiei o pé direito na cozinha de reuniões senti logo o cheiro característico do Sr. Channel. Aquela mistura de casca de banana madura com nutela endurecida não enganava ninguém. À minha frente encontrava-se uma mesa, com talvez 30 metros de comprimento. Papéis de todas as cores enfeitavam-na, casacos de peles cobriam o chão velho, perfume caía do tecto como chuva. A cozinha encontrava-se tal e qual como a tinha visto pela última vez, há 90 anos atrás.
Procurei a cadeira mais próxima da minha pessoa e sentei-me nela. E ali estava eu. Frente a frente, novamente, com o Sr. Channel. O cabelo, liso e gordurento, tinha agora invadido a sua cara, não deixando nenhum bocado de pele à vista. Os seus olhos, rectângulos brancos florescentes, brilhavam como os de uma criança quando encontra um brinquedo perdido numa caixa de areia. Sim, era ele finalmente.
Deixamo-nos estar ali, durante mais umas horas, observando-nos um ao outro. Até que, finalmente, ele despiu-se. Lentamente, retirou com delicadeza o seu vestido cinzento da channel, ficando só com as suas cuecas channel. De seguida, sentou-me ao meu lado, e posicionou as suas mãos em forma de pirâmide, em cima da mesa. “É assim que quer?” pergunta-me ele, com os olhos fechados. Hesito. Toda a minha vida aparece diante os meus olhos como um flash, em 3s segundos. “Sim.” Respondo eu, com uma certa insegurança. “Muito bem. Assim será.” Retorquiu ele com um ar um pouco enervado. Num movimento rápido e brusco, o Sr. Channel ergue-se e enfia as suas delicadas mãos dentro das suas cuecas channel, e começa a remexer no seu interior. E ali estava eu, já com suor a escorrer-me pela pele, como o sangue corre nas minhas veias, frente a frente com o Sr. Channel e as suas cuecas. De repente, ouve-se um tímido miar. O Sr. Channel congela, e franze as sobrancelhas peludas. Depois, sorri. Ao retirar as suas mãos do interior das suas cuecas, um pequeno gato com penas amarelas com orelhas redondas aparece entre as suas mãos. Por momentos deixei de respirar. Ali estava ele. Finalmente o gato de penas amarelas com orelhas redondas. Não conseguia acreditar. Tinha conseguido seduzir o Sr. Channel a dar-me o seu gato de penas amarelas com orelhas redondas, cuja baba continha …
Enquanto esperava na sala de espera (esta onde curiosamente não haviam janelas), consegui ouvir gritos de pânico vindos de um piso inferior ao meu. Foi bastante assustador, mas não podia fazer nada. Nem sequer comentar às vendedoras de perfume channel, ou mesmo à pessoa que estava sentada ao meu lado. Pois todos nós sabemos como as coisas funcionam no mundo encantado da channel. Comecei a interrogar-me se teria valido a pena toda esta viagem. Se era isto mesmo que eu queria fazer, porque, mal entrasse na cozinha de reuniões, não iria haver maneira de voltar atrás. Mas os meus profundos e filosóficos pensamentos foram interrompidos ao ouvir chamar o meu número de sapato. Chegou o momento.
Mal enfiei o pé direito na cozinha de reuniões senti logo o cheiro característico do Sr. Channel. Aquela mistura de casca de banana madura com nutela endurecida não enganava ninguém. À minha frente encontrava-se uma mesa, com talvez 30 metros de comprimento. Papéis de todas as cores enfeitavam-na, casacos de peles cobriam o chão velho, perfume caía do tecto como chuva. A cozinha encontrava-se tal e qual como a tinha visto pela última vez, há 90 anos atrás.
Procurei a cadeira mais próxima da minha pessoa e sentei-me nela. E ali estava eu. Frente a frente, novamente, com o Sr. Channel. O cabelo, liso e gordurento, tinha agora invadido a sua cara, não deixando nenhum bocado de pele à vista. Os seus olhos, rectângulos brancos florescentes, brilhavam como os de uma criança quando encontra um brinquedo perdido numa caixa de areia. Sim, era ele finalmente.
Deixamo-nos estar ali, durante mais umas horas, observando-nos um ao outro. Até que, finalmente, ele despiu-se. Lentamente, retirou com delicadeza o seu vestido cinzento da channel, ficando só com as suas cuecas channel. De seguida, sentou-me ao meu lado, e posicionou as suas mãos em forma de pirâmide, em cima da mesa. “É assim que quer?” pergunta-me ele, com os olhos fechados. Hesito. Toda a minha vida aparece diante os meus olhos como um flash, em 3s segundos. “Sim.” Respondo eu, com uma certa insegurança. “Muito bem. Assim será.” Retorquiu ele com um ar um pouco enervado. Num movimento rápido e brusco, o Sr. Channel ergue-se e enfia as suas delicadas mãos dentro das suas cuecas channel, e começa a remexer no seu interior. E ali estava eu, já com suor a escorrer-me pela pele, como o sangue corre nas minhas veias, frente a frente com o Sr. Channel e as suas cuecas. De repente, ouve-se um tímido miar. O Sr. Channel congela, e franze as sobrancelhas peludas. Depois, sorri. Ao retirar as suas mãos do interior das suas cuecas, um pequeno gato com penas amarelas com orelhas redondas aparece entre as suas mãos. Por momentos deixei de respirar. Ali estava ele. Finalmente o gato de penas amarelas com orelhas redondas. Não conseguia acreditar. Tinha conseguido seduzir o Sr. Channel a dar-me o seu gato de penas amarelas com orelhas redondas, cuja baba continha …
Sem comentários:
Enviar um comentário